A HGST (Hitachi Global Storage Technologies), subsidiária da companhia Western Digital, anunciou o primeiro modelo de hard disk drive selado em hélio. O gás, conhecido popularmente por fazer os balões flutuarem e por deixar a voz humana com som engraçado, é um sétimo mais leve que o ar, e por essa razão traz inúmeras vantagens aos componentes computacionais.
Ao substituir o ar desses equipamentos com o gás hélio, o Ultrastar He6 reduz a turbulência da rotação dos discos, e por consequência diminui também o consumo de energia e o aquecimento do HD durante o processamento.
A resistência provocada pelo ar nos modelos atuais limita o número de pratos que podem ser empilhados dentro de uma unidade de hard drive. Hoje, os HDDs comercializados contam até com cinco pratos de disco, colocados um sobre o outro. Uma unidade selada em hélio reduz a resistência e o volume do ar e permite que os pratos sejam dispostos de forma mais próxima. Nesse modelo, é possível incluir até sete pratos em um único drive, o que aumenta a capacidade de armazenamento de dados.
Além disso, a menor resistência do hélio em relação ao ar exige menos do motor para a rotação dos pratos, o que se traduz em um menor consumo de energia para o funcionamento do HD. Com menos energia e menor atrito, o hard drive produz também menos calor e menos barulho.
Equipando data centers
Dessa maneira, o Ultrastar He6 oferece um ganho de 50% em capacidade de armazenamento por unidade, e reduz em até 23% a necessidade de energia. A HGST destina esse equipamento, inicialmente, para as grandes empresas da área de tecnologia, computação e armazenamento de dados na nuvem, com o objetivo de equipar data centers, otimizando espaço e ampliando a capacidade.
Algumas companhias já estariam interessadas nos HDs selados em hélio da Western Digital. A Hewlett-Packard considera equipar seus servidores com esse modelo. A Netflix também estaria testando esses equipamentos em sua infraestrutura de transmissão audiovisual via streaming. E até o CERN pode utilizar o Ultrastar He6 para armazenar seus dados de pesquisa.
Por: Guilherme Haas.
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