A Internet é indefesa perante o gênio
maligno dos hackers. Isso foi mais uma vez demonstrado por uma série de
ciberataques a grandes recursos da rede nos EUA. Na opinião dos
peritos, os ataques virtuais estão se transformando gradualmente de uma
arma dos cibercriminosos em um instrumento da luta geopolítica. Depois de a maior rede social Facebook
ter informado que foi alvo de um “ciberataque sofisticado”, alguns
peritos estrangeiros declararam, nas páginas dos jornais ocidentais, que
esse ataque de hackers teria o envolvimento da China. Segundo o perito
em tecnologias de informação Vladimir Konev, essa situação é
completamente possível, especialmente se considerarmos o desejo da China
pela utilização, nem sempre legal, de tecnologias estrangeiras: “A China, como sabemos, é um eixo de
contrafação mundial e, por consequência, da imitação de quaisquer
recursos e por isso podemos observar ataques informáticos organizados,
por parte da China, a portais concretos e a recursos concretos com fins
de espionagem industrial e de roubo de dados. Eles têm escolas de
programadores e de piratas informáticos bastante desenvolvidas.” A China é hoje, talvez, o maior
adversário geopolítico dos Estados Unidos e atos semelhantes encaixam
perfeitamente no sistema atual da confrontação global. Os EUA têm, no
entanto, outros adversários que podem, recorrendo a ciberataques, tentar
agravar propositadamente as relações entre dois protagonistas,
considera Ekaterina Aksenova, diretora-geral da empresa criadora de
sites Strateg e perita em segurança informática: “Quaisquer ataques desse tipo têm uma
grande repercussão por terem como alvos sites de grande visibilidade. O
percurso desses ataques também pode ser falsificado. Ou seja, se tudo
indica que foi a China, isso não quer dizer que assim seja, porque no
ciberespaço se pode manipular os dados de uma forma muito abrangente e
será muito possível que os ataques não tenham origem na China.” Além disso, Ekaterina Aksenova está
convencida que os incidentes de hoje não são mais que um treino dos
hackers. A perita refere que os ciberataques realmente destrutivos ainda
estão para vir: “Eu penso que nos tempos mais próximos
nós iremos assistir a um novo nível de desenvolvimento dessa trama. As
vagas anônimas e semianônimas de ataques serão substituídas por ações
mais elaboradas, com um propósito, início e fim e que provoquem
consequências lógicas. Já aquilo que acontece agora parece mais umas
grandes manobras, para definir estratégias e táticas, do que ações que
se destinem a obter algum efeito político ou econômico.” Entretanto, Vladimir Konev supõe que o
ataque especificamente contra recursos norte-americanos também tem um
objetivo bastante material: “Uma grande parte de usuários ativos,
especialmente do ponto de vista financeiro, está concentrada nos sites
norte-americanos e é por isso que esses recursos têm um interesse
acrescido para os hackers.” Entretanto, os peritos avançam previsões
para uma expansão da indústria do cibercrime. Os meios de segurança
também irão assumir novas formas. De acordo com os especialistas, isso
poderá resultar na anulação completa do anonimato na Internet ou no
corte temporário do acesso à World Wide Web de países inteiros.
Fonte: Voz da Rússia.
Rede mundial não consegue conter ataques.
Reviewed by Consultor de Segurança Eletrônica
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03:25:00
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