Os Estados Unidos denunciaram novamente o
apoio militar que Irã e Rússia fornecem ao governo da Síria, afundada
em uma guerra civil que ameaça transbordar de suas fronteiras após um
ataque israelense contra uma instalação militar síria. Até o momento, Israel mantém um absoluto
silêncio oficial sobre o assunto, mas a Síria, que na quinta-feira
protestou perante a ONU, disse que fará valer seu direito de "se
defender e de defender seu território e sua soberania". Na manhã desta sexta-feira, foram
registrados novos combates na periferia de Damasco, onde tanques do
exército dispararam contra os bastiões rebeldes, segundo o Observatório
Sírio de Direitos Humanos (OSDH). A secretária americana de Estado,
Hillary Clinton, acusou a Rússia de seguir "fornecendo ajuda financeira e
militar" e o Irã de enviar armas e efetivos, em sua última entrevista
aos meios de comunicação como secretária de Estado. A crítica de Clinton foi feita um dia
antes da reunião que o vice-presidente americano, Joe Biden, o chanceler
russo, Serguei Lavrov, o mediador internacional Lakhdar Brahimi e o
líder da oposição síria, Ahmed Moaz al-Jabit, devem realizar no sábado
em Munique, na Alemanha. Lakhdar Brahimi disse na noite de
quinta-feira que não planeja voltar a Damasco e falou com cautela sobre a
oferta de Jatib de dialogar com representantes do governo sírio. "É
digno de destacar", disse Brahimi, em meio às previsões pessimistas
sobre uma possível saída negociada do conflito que começou há 22 meses.
A oposição síria afirmou na quinta-feira
à noite no Cairo que "o diálogo deve ser sobre o fim do regime" e que
estava disposta a "receber qualquer solução política ou esforço
internacional que tenha esse objetivo". Como em todas as sextas-feiras, a
oposição síria prepara manifestações em todo o país, desta vez sob o
slogan "A comunidade internacional é cúmplice dos massacres de Assad". Na manhã desta sexta-feira, antes dos
protestos foram registrados combates na periferia de Damasco e ocorreram
confrontos perto do campo de refugiados palestinos de Yarmuk, ao sul de
Damasco. "Em Yarmuk também há muitos sírios que fogem da violência em
outros locais", disse um rebelde que se identificou como Abu Yasser. Na província de Aleppo (norte), homens
armados não identificados abriram fogo contra um ônibus matando quatro
civis, entre eles três estudantes universitários, disse o OSDH.
Perto da capital, os tanques
bombardearam várias zonas controladas pelos insurgentes, entre elas as
localidades de Yabrud, Irbin, Moadamiyet al-Sham e Yalda, disse o OSDH. A situação humanitária na Síria é cada
vez mais dramática, disse, por sua vez, uma missão da ONU. Cerca de 420
mil pessoas, metade das quais são crianças, precisam de ajuda imediata
na região de Homs, na Síria, afirmou a missão da ONU, que permaneceu um
mês no país. Nesta região, 700 mil pessoas foram
afetadas pelo conflito, indicou um comunicado do Fundo das Nações Unidas
para a Infância (Unicef) divulgado nesta sexta-feira em Genebra. Na quinta-feira, a violência deixou em todo o país um saldo de 163 mortos, segundo o OSDH.
Fonte:EFE.
EUA criticam apoio de Rússia e Irã ao governo sírio.
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12:34:00
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