Preparação para guerra virtual - Exército brasileiro lança o Simulador Nacional de Operações Cibernéticas para treinamento de defesa contra ameaças vindas pela rede.
As Forças Armadas do Brasil começam a se
preparar para enfrentar um inimigo cada vez mais veloz, silencioso e
capaz de atrasar por décadas o desenvolvimento de um país. Para entrar
em combate em uma eventual guerra cibernética, o Exército deixou de lado
os mísseis e adota, agora, um programa de computador capaz de treinar
os militares para reagir no caso de ataques a redes eletrônicas
brasileiras. O Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército
apresenta hoje o Simulador Nacional de Operações Cibernéticas (Simoc).
Um conflito sem armas letais, mas com um grande potencial nocivo a países, a guerra cibernética inclui desde a invasão de um site oficial de um órgão do governo até a tomada do controle de uma central energética por meio da rede de computadores. O Brasil ainda não sofreu um ataque forte desse tipo, mas, no mundo, exemplos como uma invasão no Irã (veja memória) dão a dimensão do problema. “Indivíduos e países deixaram de ver a internet apenas como instrumento de cultura, comércio e informação, mas também como uma arma para afetar possíveis adversários”, define o comandante do Centro de Instrução de Guerra Eletrônica do Exército (Cige), tenente-coronel Márcio Ricardo Fava.
“Guerreiros cibernéticos” do Cige já estão trabalhando com o simulador. Entregue no fim do ano passado, o Simoc cria cenários fictícios em que redes de computadores são invadidas de diferentes maneiras, hackers e vírus. A equipe do Exército precisa, então, reagir aos ataques e, assim, desenvolve meios de conter uma eventual ofensiva real. Segundo Fava, outros países treinam seus militares com recursos similares. O Simoc foi desenvolvido no Brasil pela empresa Decatron. “Queríamos investir na produção de tecnologia brasileira. E como foi produzido aqui, podemos modificá-lo por um custo menor”, diz o comandante.
Ao custo de R$ 5 milhões, o simulador foi desenvolvido em 11 meses e tem suporte e garantia de um ano incluídos no contrato. De acordo com Fava, o instrumento também poderá ser usado por empresas privadas e cursos de tecnologia da informação. “É totalmente inédito. Está no nível dos que são usados por países desenvolvidos”, afirma o comandante, acrescentando que os militares já fizeram um curso para usá-lo e farão outros ao longo do ano.
Um conflito sem armas letais, mas com um grande potencial nocivo a países, a guerra cibernética inclui desde a invasão de um site oficial de um órgão do governo até a tomada do controle de uma central energética por meio da rede de computadores. O Brasil ainda não sofreu um ataque forte desse tipo, mas, no mundo, exemplos como uma invasão no Irã (veja memória) dão a dimensão do problema. “Indivíduos e países deixaram de ver a internet apenas como instrumento de cultura, comércio e informação, mas também como uma arma para afetar possíveis adversários”, define o comandante do Centro de Instrução de Guerra Eletrônica do Exército (Cige), tenente-coronel Márcio Ricardo Fava.
“Guerreiros cibernéticos” do Cige já estão trabalhando com o simulador. Entregue no fim do ano passado, o Simoc cria cenários fictícios em que redes de computadores são invadidas de diferentes maneiras, hackers e vírus. A equipe do Exército precisa, então, reagir aos ataques e, assim, desenvolve meios de conter uma eventual ofensiva real. Segundo Fava, outros países treinam seus militares com recursos similares. O Simoc foi desenvolvido no Brasil pela empresa Decatron. “Queríamos investir na produção de tecnologia brasileira. E como foi produzido aqui, podemos modificá-lo por um custo menor”, diz o comandante.
Ao custo de R$ 5 milhões, o simulador foi desenvolvido em 11 meses e tem suporte e garantia de um ano incluídos no contrato. De acordo com Fava, o instrumento também poderá ser usado por empresas privadas e cursos de tecnologia da informação. “É totalmente inédito. Está no nível dos que são usados por países desenvolvidos”, afirma o comandante, acrescentando que os militares já fizeram um curso para usá-lo e farão outros ao longo do ano.
Eventos
Uma das principais preocupações do
governo brasileiro é com ataques em eventos internacionais que o país
sediará nos próximos anos a Copa das Confederações em 2013, a Copa do
Mundo em 2014, e as Olimpíadas em 2016, quando haverá grandes fluxos de
dados na rede. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável Rio+20 foi um teste. Houve invasões a sites do governo, da
ONU e do evento por hackers. Foi feito um monitoramento das páginas e o
problema foi contornado. Em quatro anos, o setor de defesa cibernética
deve receber do governo federal R$ 400 milhões, sendo 41% para
planejamento de segurança.
O Brasil é considerado um dos maiores propagadores de vírus e spam da rede mundial. Em pesquisa feita pela empresa americana Norton, especializada em antivírus, em 2011, o país estava em quarto lugar em uma lista de 24 países com maior quantidade de crimes cibernéticos, atrás apenas da China, África do Sul e México. Segundo o levantamento, 80% dos adultos brasileiros já foram vítimas da modalidade, por exemplo, tendo contas bancárias invadidas. O tamanho do prejuízo seria o equivalente a US$ 15 bilhões.
O Brasil é considerado um dos maiores propagadores de vírus e spam da rede mundial. Em pesquisa feita pela empresa americana Norton, especializada em antivírus, em 2011, o país estava em quarto lugar em uma lista de 24 países com maior quantidade de crimes cibernéticos, atrás apenas da China, África do Sul e México. Segundo o levantamento, 80% dos adultos brasileiros já foram vítimas da modalidade, por exemplo, tendo contas bancárias invadidas. O tamanho do prejuízo seria o equivalente a US$ 15 bilhões.
Por: Amanda Almeida.
Preparação para guerra virtual - Exército brasileiro lança o Simulador Nacional de Operações Cibernéticas para treinamento de defesa contra ameaças vindas pela rede.
Reviewed by Consultor de Segurança Eletrônica
on
05:49:00
Rating:
Nenhum comentário: