A pedido da França, o Conselho de
Segurança das Nações Unidas se reúne hoje para discutir o conflito no
Mali. Hoje ainda, o presidente François Hollande reúne no Palácio do
Eliseu um novo Conselho de Defesa para discutir a sequência da operação
militar para liberar o norte do país da ameaça dos radicais islâmicos. A reunião do Conselho de Segurança da
ONU tem o objetivo de informar os países-membros sobre o andamento da
operação militar no Mali e o desdobramento da missão. Até o momento, a
França enviou 550 soldados ao Mali, mas centenas de soldados do Níger,
Burkina Faso, Senegal, Benin e do Togo são esperados na capital malinesa
Bamako, sob comando da Nigéria. Outras forças ocidentais apoiam a
França. A partir de hoje, o Reino Unido envia dois cargueiros C17
capazes de transportar até 77 toneladas de equipamentos militares. Os
Estados Unidos dão apoio logístico com aviões de reabastecimento e
informações de inteligência. Ontem, pela primeira vez, o exército
francês bombardeou posições em terra dos rebeldes islâmicos no norte do
país. Até agora, porém, nenhum balanço oficial foi divulgado sobre o
número de vítimas dos bombardeios franceses. Segundo autoridades locais e moradores,
pelo menos 60 combatentes islâmicos foram mortos nos ataques das
cidades de Gao e Kidal. “A França está em guerra contra terrorismo onde
quer que ele esteja e em guerra para preservar sua segurança e a do
Mali, um país amigo”, disse o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le
Drian. No quarto dia de operação militar
francesa no Mali, quatro aviões de caça Rafale bombardeiam posições
rebeldes em Gao, Toumbuctu e na fronteira do Mali com a Mauritânia,
localidades da imensa área desértica do norte do país que haviam caído
há nove meses sob controle de jihadistas. Apontados como
narcotraficantes ligados à Al Qaeda, eles defendem a aplicação de
punições corporais da xariá, a lei islâmica. Segundo relato de testemunhas, os
moradores do norte do Mali recebem aliviados a intervenção da França
pelo clima de terror que os extremistas tinham imposto a essas
populações.
Ameaça
Depois dos ataques do exército francês,
os jihadistas sediados no norte do Mali ameaçaram hoje retaliar e
atingir "o coração da França”. Em uma declaração por telefone à agência
AFP, Abou Dardar, um dos responsáveis do Mujao (Movimento pela Unidade e
pela Jihad do Oeste da África), “a França atacou o Islã. Nós, em nome
de Alá, vamos atacar o coração da França”. Segundo Darbar, esses ataques
podem atingir os interesses franceses em qualquer lugar do mundo. “Em
Bamako [capital do Mali], na África, na Europa”, declarou. O ministro do Interior da França,
Manuel Valls, anunciou que a França intensificou o alerta de segurança
“Vigipirate”, que já está em nível vermelho desde 2005, um patamar
inferior ao alerta máximo. Com a medida, o patrulhamento nos edifícios
públicos, nos transportes e nos aeroportos será reforçado. De acordo com
o ministro, ameaças de grupos jihadistas no norte da África já vêm sido
divulgadas há vários meses, mas Valls defende a onfensiva do exército
francês. “Não é cedendo aos terroristas que diminuiremos a ameaça”.
Fonte: DefesaNet.
Conselho de Segurança da ONU se reúne para discutir crise no Mali.
Reviewed by Consultor de Segurança Eletrônica
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22:13:00
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