Quando os indicadores macroeconômicos de um país estão positivos, quando a expectativa do mercado é por dias melhores e, principalmente, quando os resultados nas empresas estão espelhando cenários favoráveis, fica mais difícil pensar em projetos de inovação. O gestor muitas vezes fica seduzido em aproveitar ao máximo esse período, maximizando o lucro sem grandes alterações nos processos internos.
Pois muito bem, façamos a mesma análise em um cenário mais pessimista, algo que estamos vivendo neste início de 2015, com indicadores macroeconômicos menos favoráveis, com a expectativa do mercado por mais turbulências, pela diminuição de demanda e pelo acirramento da concorrência. Podemos afirmar então que é o cenário ideal para o investimento em inovação? Sim.
As empresas devem investir no tema inovação e aqui não estamos falando apenas na criação de um novo produto ou serviço, mas sim em qualquer iniciativa de melhoria, aperfeiçoamento ou mesmo automatização de processos internos que tragam ganhos para a companhia. Em um momento no qual o mercado está saturado e novas vendas são mais difíceis, uma melhoria de processo que resulte em uma diminuição de custo, torna-se muito bem-vinda.
Esse é o momento ideal para investir em inovação tecnológica, tanto nos processos ligados ao “core business” da empresa, como por exemplo, a área de logística ou produção, como também naqueles ligados ao “backoffice” em áreas de contabilidade, jurídica, fiscal e comercio exterior, entre outras. É o momento de realizar uma análise minuciosa nos processos e tecnologias atuais, desde o início de uma operação até o momento de entrega ao cliente, identificando espaços para a criatividade e ousadia.
A ideia é listar os processos, identificando-os por criticidade e oportunidade de melhoria e, a partir daí, iniciar um trabalho em busca de alternativas. Este, porém, não é um cenário para ser pensado somente no momento atual, pois a crise é passageira, mas o objetivo, além de sobreviver, é sair na frente dos concorrentes quando a turbulência passar.
Uma dica importante é o quesito software, uma vez que não precisamos listar a importância do uso da TI nos dias atuais. O primeiro passo é avaliar se os processos identificados estão com as melhores soluções em tecnologia ou se existem alguns processos sendo executados por sistemas já desatualizados ou ainda de forma manual.
É importante definir as prioridades e avaliar as alternativas, tanto no desenvolvimento interno (indicado para os processos sem soluções de mercado), como na busca de soluções de mercado, que já foram experimentadas por outras empresas e que agregarão mais valor à sua operação com o uso das melhores práticas de mercado. Esse é o primeiro passo para apresentar aos gestores projetos com resultados reais e, com isso, conseguir mais investimento em novas ações de inovação, pois essa é uma engrenagem que não deve parar.
Por: Renato Matavelli - Diretor de R&D da Sonda IT.
- A maior integradora latino-americana de soluções de Tecnologia da Informação.
Edição: Diogenes Bandeira - Consultor de Segurança Eletrônica.
Crise, tempo de inovação?
Reviewed by Consultor de Segurança Eletrônica
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18:40:00
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