A área de Tecnologia da Informação é bastante dinâmica, como podemos constatar no nosso dia-a-dia. Novos produtos, dispositivos e aplicações são continuamente lançados por fornecedores e por comunidades técnicas, em uma competição acirrada nos diversos segmentos de clientes (pessoas físicas, empresas e universidades, entre outros). Este cenário faz com que os profissionais da área precisem se atualizar constantemente para se manterem eficientes na tomada de decisões e no uso das diversas plataformas e soluções disponíveis no mercado.
Isto nos levaria a pensar que a maioria destes profissionais estivesse sempre atualizada em relação às estratégias e posicionamentos dos principais fornecedores de tecnologia. No entanto, o ritmo muitas vezes frenético de trabalho impede que as pessoas dediquem o tempo ideal para “apenas” se manterem em dia com as novidades.
Digo isto porque em conversas com clientes e parceiros, ou mesmo com membros da comunidade técnica brasileira, frequentemente percebo que muitas pessoas têm uma visão da Microsoft bastante desatualizada – principalmente em relação ao tema Open Source.
Quando o movimento Open Source começou a ganhar força com a popularidade do Linux, de fato a Microsoft adotou uma postura competitiva. O Linux representava uma ameaça à base instalada do Windows, o principal produto da empresa. Mas ao contrário de competidores tradicionais, o Open Source não era uma empresa, mas sim uma ideia. Isto obrigou a Microsoft a repensar suas estratégias, visto que ela se deparava com um competidor totalmente diferente de todos que havia tido até então.
Com o passar do tempo, a postura da Microsoft foi lentamente se alterando. Plataformas como o ASP.NET, por exemplo, começaram a não apenas permitir o uso de tecnologias Open Source mas também a facilitar e fomentar a adoção das mesmas. A plataforma PaaS do Azure, quando disponibilizada ainda em Beta em 2009, já permitia o uso de linguagens que não foram criadas pela Microsoft – e o suporte a estas linguagens foi sendo aprimorado ao longo das atualizações da plataforma.
Este processo foi evoluindo até a criação da Microsoft Open Technologies em 2012.
A Microsoft Open Technologies (ou MS Open Tech) é uma subsidiária da Microsoft fundada com o único propósito de criar “pontes” entre os produtos e tecnologias da Microsoft e soluções Open Source. Nestes dois anos de existência a empresa produziu dezenas de programas, toolkits, conectores e plugins voltados à interoperabilidade entre ambientes Microsoft e Open Source.
Alguns exemplos de soluções nas quais a MS Open Tech contribuiu de alguma forma são o Samba, Apache Cordova, Node.js, Wordpress e Drupal. As máquinas virtuais (VMs) Linux disponíveis na plataforma IaaS do Azure também foram criadas pela MS Open Tech. Estas são apenas algumas contribuições, a lista completa é extensa – a MS Open Tech foi bastante produtiva nestes dois anos.
Por: Caio Garcez - @caio_garcez
Microsoft e Open Source.
Reviewed by Consultor de Segurança Eletrônica
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09:21:00
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