O governo dos Estados Unidos aprovou nesta semana uma lei que prevê que todos os carros e comerciais leves fabricados no país sejam equipados com câmera de ré até 2018. Proposta pelo National Highway Traffic Safety Admistration (NHTSA, instituição norte-americana ligada à assuntos sobre segurança viária), a medida visa diminuir o número de acidentes envolvendo carros em marcha ré. De acordo com o órgão, problemas relacionados à falta de visibilidade traseira provocam cerca de 228 mortes e 17 mil feridos todos os anos nos Estados Unidos.
Quase 100 crianças de um a cinco anos de idade morrem em acidentes deste tipo no país. Depois delas, os idosos aparecem como principais atingidas pelo problema, somando 33% das mortes.
O assunto já faz parte da agenda de política de segurança veicular dos EUA desde 2007. Apesar da boa receptividade do congresso, o assunto não agradou tanto as montadoras. Em um cenário geral, estima-se que as montadoras teriam de desembolsar entre US$ 700 milhões e US$ 1,6 bilhão para se adaptarem à lei. O custo do aparelho no mercado americano é de US$ 203 (cerca de R$ 460) para os veículos que não contam como equipamento e nem tela no painel. Já os modelos com tela representariam um gasto de US$ 88 (R$ 180).
Discussão passa longe do Brasil:
Por aqui, a integração da câmera de ré aos itens de série dos carros está longe de ser considerada questão de segurança. O equipamento é ainda uma “regalia”, um facilitador de manobra e não item essencial. “Os assuntos de educação e segurança no trânsito no Brasil estão num patamar muito atrasado em relação aos países europeus e aos EUA. Ainda discutimos a validade do cinto de segurança, enquanto os norte-americanos estão implantando esse projeto de lei, por aqui o comércio dos ‘tunes’ vende cada vez mais aparelhagem de som e video para os carros”, lamenta Marccello Pereyra, consultor da Associação Brasileira de Educação de Trânsito (Abetran) para Projetos de Educação e Segurança no Trânsito.
A opinião é compartilhada pelo professor do curso de Engenharia Mecânica Automobilística da Fundação Educacional Inaciana (FEI), Waldemar Colucci. “Considero muito importante esse projeto de lei norte-americano. Ainda mais porque a câmera de ré é um equipamento que não é caro. Seria ótimo se todos os carros nacionais contassem com esse item de série, especialmente os SUVs, que oferecem pouca visibilidade atrás. Pena que a discussão
ainda não chegou por aqui”, diz. Para Bruno Henrique Honorato, analista técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) o uso de câmera de ré é muito bem-vindo no caso de carros com baixo índice de visibilidade traseira, como sedãs de grande porte e picapes. “É um equipamento que ajuda o motorista a ter 100% de visibilidade da área traseira”, afirma.
Os modelos avaliados pelo centro e equipados com esse equipamento geralmente são classificados com cinco estrelas, a nota máxima concedida pelo órgão. O especialista em trânsito Celso Alves Mariano considera incontestável a relação das câmeras de ré com a segurança de condutores e pedestres, mas acredita que ainda vai demorar um tempo para que o equipamento seja integrado aos veículos nacionais. “As dúvidas e críticas ficam por conta do custo, de outros riscos em relação à capacidade de dar atenção e aprender a usar um número cada vez maior de equipamentos embarcados nos veículos. Mas isso também aconteceu quando da incorporação dos freios ABS, que exigem compreensão e habilidades
um pouco diferentes dos freios tradicionais. Após um tempo, os condutores se habituam e nem se fala mais em dificuldades de uso”, pondera.
Enquanto as câmeras de ré não se tornam itens de série no Brasil, o professor da FEI, Waldemar Colucci, aconselha a investir no equipamento por conta própria. “Acho que vale a pena. Se não puder instalar a câmera,umsensor de ré já ajuda bem. Evita acidentes,
danos ao carro e atropelamentos”, diz.
O assunto já faz parte da agenda de política de segurança veicular dos EUA desde 2007. Apesar da boa receptividade do congresso, o assunto não agradou tanto as montadoras. Em um cenário geral, estima-se que as montadoras teriam de desembolsar entre US$ 700 milhões e US$ 1,6 bilhão para se adaptarem à lei. O custo do aparelho no mercado americano é de US$ 203 (cerca de R$ 460) para os veículos que não contam como equipamento e nem tela no painel. Já os modelos com tela representariam um gasto de US$ 88 (R$ 180).
Discussão passa longe do Brasil:
Por aqui, a integração da câmera de ré aos itens de série dos carros está longe de ser considerada questão de segurança. O equipamento é ainda uma “regalia”, um facilitador de manobra e não item essencial. “Os assuntos de educação e segurança no trânsito no Brasil estão num patamar muito atrasado em relação aos países europeus e aos EUA. Ainda discutimos a validade do cinto de segurança, enquanto os norte-americanos estão implantando esse projeto de lei, por aqui o comércio dos ‘tunes’ vende cada vez mais aparelhagem de som e video para os carros”, lamenta Marccello Pereyra, consultor da Associação Brasileira de Educação de Trânsito (Abetran) para Projetos de Educação e Segurança no Trânsito.
A opinião é compartilhada pelo professor do curso de Engenharia Mecânica Automobilística da Fundação Educacional Inaciana (FEI), Waldemar Colucci. “Considero muito importante esse projeto de lei norte-americano. Ainda mais porque a câmera de ré é um equipamento que não é caro. Seria ótimo se todos os carros nacionais contassem com esse item de série, especialmente os SUVs, que oferecem pouca visibilidade atrás. Pena que a discussão
ainda não chegou por aqui”, diz. Para Bruno Henrique Honorato, analista técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) o uso de câmera de ré é muito bem-vindo no caso de carros com baixo índice de visibilidade traseira, como sedãs de grande porte e picapes. “É um equipamento que ajuda o motorista a ter 100% de visibilidade da área traseira”, afirma.
Os modelos avaliados pelo centro e equipados com esse equipamento geralmente são classificados com cinco estrelas, a nota máxima concedida pelo órgão. O especialista em trânsito Celso Alves Mariano considera incontestável a relação das câmeras de ré com a segurança de condutores e pedestres, mas acredita que ainda vai demorar um tempo para que o equipamento seja integrado aos veículos nacionais. “As dúvidas e críticas ficam por conta do custo, de outros riscos em relação à capacidade de dar atenção e aprender a usar um número cada vez maior de equipamentos embarcados nos veículos. Mas isso também aconteceu quando da incorporação dos freios ABS, que exigem compreensão e habilidades
um pouco diferentes dos freios tradicionais. Após um tempo, os condutores se habituam e nem se fala mais em dificuldades de uso”, pondera.
Enquanto as câmeras de ré não se tornam itens de série no Brasil, o professor da FEI, Waldemar Colucci, aconselha a investir no equipamento por conta própria. “Acho que vale a pena. Se não puder instalar a câmera,umsensor de ré já ajuda bem. Evita acidentes,
danos ao carro e atropelamentos”, diz.
Por: DANIELE ZEBINI E TEREZA CONSIGLIO.
Obrigatória nos EUA, câmera de ré não é vista como item de segurança no Brasil.
Reviewed by Consultor de Segurança Eletrônica
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11:24:00
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