Câmeras de segurança não flagraram ação contra homem que teve corpo incendiado em Itajaí

As câmeras de monitoramento não flagraram o momento em que um morador de rua teve o corpo incendiado nesta quinta-feira em Itajaí. A informação foi confirmada pelo tenente da Polícia Militar, Luis Antônio Pittol Trevisan. De acordo com ele, a polícia foi chamada depois que o homem já havia recebido atendimento, por isso não pode acompanhar o caso desde o início.

— O sistema das câmeras é automático, são mais de 50 câmeras para monitorar e como fomos avisados depois que aconteceu, elas não gravaram o momento da ação. Também tentamos contatar com a vítima para saber o que houve, mas ela estava passando por cirurgia — afirma. O tenente comentou ainda que a vítima disse para os bombeiros um nome que não consta no sistema da PM. Mas até o momento não se sabe se o homem omitiu alguma informação ou estava em choque pelo ocorrido. Além disso, conforme Trevisan, uma testemunha que viu o andarilho pegando fogo relatou aos policiais militares que dois adolescentes, que ainda não foram identificados, teriam sido os autores do crime. Após atear fogo no andarilho, a dupla teria fugido em bicicletas pelos fundos do Teatro Municipal. Por enquanto, a polícia não sabe o que teria motivado o crime. A Central de Plantão Policial (CPP), que recebeu a ocorrência, informou que o caso será repassado à 1º Delegacia de Polícia, que vai conduzir as investigações.

O caso:
Um homem estava dormindo em uma praça na rua Arnaldo José de Oliveira, ao lado do supermercado Xande, no bairro Fazenda, por volta das 6h, quando teria sido atacado. A vítima foi encaminhada ao Hospital Marieta com queimaduras de segundo grau em pelo menos 50% do corpo e até o final da tarde desta quinta permanecia internada. Os bombeiros foram os primeiros a chegar ao local após um homem avisar a equipe do ocorrido. A mesma pessoa teria ajudado o andarilho a apagar o fogo. A vítima ainda conseguiu ir caminhando para a ambulância assim que os bombeiros chegaram. No local foram encontrados palitos de fósforo, o papelão onde o morador de rua dormia e uma garrafa com querosene. Um homem, que não quis ser identificado, disse que viu a vítima cambaleando próximo à praça. Ele já era conhecido no local e costumava andar sempre pela comunidade.

— Na hora eu achei que ele estava bêbado, mas depois fiquei sabendo do que aconteceu. Ele estava no meio da praça e foi até a esquina, depois os bombeiros chegaram. Uma das pernas da bermuda já estava toda rasgada e ele parecia desnorteado, bem ruim mesmo — explicou.

O hospital Marieta informou que o homem precisaria passar por uma cirurgia e que o estado de saúde dele era grave.

Fonte: O Sol Diário.