Como sabemos, muitas tecnologias que passamos a utilizar no nosso dia a dia são reflexos diretos de técnicas e equipamentos usados em guerra. Serviços de comunicação, rádio e até vestimentas são resultados de experimentos utilizados primeiramente em operações militares ao redor do mundo.
Os períodos de guerra obrigam as nações a desenvolverem armamentos mais eficientes para o combate, e a tecnologia empregada pode ser decisiva para um conflito. É nesse espirito empreendedor e militar que uma das armas de guerra mais interessantes foi criada pelos soviéticos. Trata-se do tanque voador Antonov A-40, que surpreendente saiu do papel (e do chão) em um voo de teste.
A ideia soviética era criar um equipamento que permitisse lançar um veículo tão robusto como um tanque diretamente na linha de frente de uma zona de combate, e fazer isso sem deixar que um avião fosse tomado pelas forças inimigas. A solução encontrada pelo engenheiro militar Oleg Antonov converteu um tanque de modelo T-60, incluindo asas e cauda que permitissem a máquina de guerra planar até o solo.
Para reduzir o peso do tanque, o exemplar T-60 utilizado para o teste não continha armamento, munição nem tripulação e estava abastecido com um mínimo de combustível. Todo esse equipamento foi rebocado por um avião bombardeiro TB-3, que estaria destinado a levar o tanque planador até a área de combate.
Apesar do investimento nesse tipo de arma, o primeiro teste de voo do Antonov A-40 mostrou as dificuldades do projeto. O TB-3 não tinha potência suficiente para rebocar o planador a 160 km/h, e o piloto Sergei Anokhin, que realizou o teste, precisou soltar o equipamento logo após a decolagem para evitar um acidente, devido ao arrasto criado pelo T-60.
Como o tanque pousou suavemente no chão e a aeronave e o piloto voltaram intactos do teste, o exército soviético considerou o experimento bem sucedido. Entretanto, o projeto foi descontinuado em seguida, e os militares procuraram outras alternativas para enviar armamentos e tropas para a linha de frente em zonas de combates.
Por: Guilherme Haas
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