De acordo com a Dow Jones Newswires, uma juíza federal dos Estados Unidos declarou que a toda poderosa Apple se aliou a cinco grandes editoras norte-americanas para com isso aumentar artificialmente os preços de seus livros, exatamente nos meses que antecedem a entrada do novo serviço da empresa da maça; claro que estou falando da venda de livros eletrônicos.
Com uma severa repreensão a esta estratégia, o Departamento de Justiça norte-americano declarou que a Apple firmou um acordo com editoras em janeiro de 2010, para que as mesmas fixassem um valor mais alto com a intenção de acabar com a liderança da Amazon, que domina o mercado desde 2007. Com tal acordo, os livros em promoção na Amazon que custavam US$ 9.99, subiram pra US$ 12.99, isso claro de acordo com a alegação do governo americano.
Sendo assim, as editoras que não foram procuradas pela Apple firmaram um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA e entraram com um processo para denunciar esse abuso.
Em uma decisão de 160 páginas, a juíza distrital dos EUA, Denize Cote afirma que: “Os autores da ação mostraram que as editoras conspiraram uma com as outras para eliminar a concorrência de preço no varejo, isso tudo a fim de elevar os preços dos livros eletrônicos, onde a Apple teve um papel central na negociação e execução desta conspiração”.
A Apple de acordo com os autos do processo levava uma comissão de 30% sobre cada livro eletrônico vendido e as editoras precisavam assim bater o preço da Amazon ou de outras livrarias eletrônicas.
Ainda em maio deste ano, a juíza declarou que o governo federal norte-americano seria capaz de provar tal acusação, mas destacou que não tomaria decisão alguma até que todas as provas fossem apresentadas, onde em um julgamento de três semanas, terminou no último dia 20 de junho em uma corte federal de Manhattan, em Nova York.
Com tal decisão em relação à Apple ter sido considerada culpada no caso, uma audiência será convocada em um processo separado apresentado pelos procuradores-gerais do Estado, que buscam indenizar os consumidores que foram lesados ao pagarem preços mais altos pelos livros eletrônicos.
Por: Rafaela Pozzebon.
Nenhum comentário: