O inicio das atividades de segurança privada no mundo, remete ao ano de 1850 mais precisamente nos Estados Unidos, quando o então Allan Pinkerton organizou um grupo de homens para dar proteção ao então presidente Abraham Lincoln. Com essa ação, surgiu a primeira empresa de segurança privada do mundo, a Pinkerton's.
No Brasil, as empresas surgiram nos anos sessenta devido ao aumento de assaltos a instituições financeiras, com o objetivo de proteger patrimônios, pessoas e realizar transporte de valores. Desde então, surgiram os trabalhadores em segurança privada sob várias denominações, vigias, guardiões, rondantes, fiscais de pátio, fiscais de piso e similares, que atuam em estabelecimentos industriais, comerciais ou residenciais.
As pessoas que cuidavam da proteção patrimonial eram contratadas por empresas de segurança gerenciadas por coronéis aposentados que muitas vezes impunham aos vigias a disciplina militar.
No auge dos anos 70, estes trabalhadores foram comparados a grupos para militares, ideia reforçada pelo decreto Lei nº 1034 que determinava que os seguranças de estabelecimentos de crédito, quando em serviço, teriam prerrogativas policiais, não sendo permitido a eles valerem-se dos direitos conquistados por outros trabalhadores, dentre os quais os das organizações sindicais sem o direito a luta por melhores salários e condições de trabalho.
Nesta época, os trabalhadores do ramo de segurança privada dividiam-se em dois grupos: o denominado de ``A´´, os vigilantes propriamente ditos, que atuavam nos bancos e transporte de valores usavam uniformes marrons, realizavam cursos e portavam armas de fogo; e o do grupo ``B´´ que atuavam maciçamente nas indústrias, esses últimos não realizavam, cursos de formação, usavam uniformes cinza e não portavam armas, denominados vigias.
A categoria conhecida genericamente de ``vigilante´´, só ganhou qualificação profissional a partir de junho de 1983, quando a segurança privada foi regulamentada através da Lei 7.102.
Assim auxiliadas as empresas prestadoras de serviços de segurança privada puderam padronizar as normas de constituição e funcionamento de seus serviços.
No começo as empresas eram fiscalizadas pelos órgãos de segurança estaduais como a Polícia Civil.
No dia 1º de março de 1989, com sede em Brasília, foi fundada a Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores – FENAVIST, com a função de estudar, defender e coordenar os interesses das categorias representadas pelos sindicatos das empresas de Segurança, Transporte de Valores e Curso de Formação de Vigilantes.
Atualmente, os serviços de Segurança Privada só podem ser executados por empresas registradas no Ministério da Justiça, através da Polícia Federal, que passou a fiscaliza-las e consequentemente as academias de formação, que recebem certificados de segurança e autorização para funcionamento.
Os profissionais devem possuir o Curso de Formação de Vigilantes, certificado regular para o exercício da função e registro na CTPS por empresa autorizada, portar consigo a CNV Carteira Nacional de Vigilante
Por: Antonio de Barros Mello Neves é Especialista em Segurança Empresarial, com experiência profissional há mais de doze anos; Oficial da Reserva da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro; Ex-Diretor da ABORE, Associação Brasileira dos Oficiais da Reserva do Exército – nas gestões 2002/2004 e 2008/2010; MBS – Master Business Security – Brasiliano; Instrutor de Armamento, Munição e Tiro; Trabalhou como: Supervisor de Segurança na PROSEGUR BRASIL S/A – Transportes de Valore; Coordenador de Proteção Patrimonial na COCA COLA FEMSA; prestador de serviços na função de Coordenador de Segurança e Riscos de transportes rodoviários na FOXCONN; atualmente trabalhando como Gerente de Recursos Humanos na GRUPO RV SEGURANÇA. Contatos: Email: bmneves@bol.com.br / Celular: 11 7314 2429.
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